domingo, 8 de julho de 2012

Guia do Mestre- NPC genérico

Sabe aquele NPC que você achava que não precisaria criar a ficha dele, porque você previa que os jogadores não entrariam em conflito com ele? Pois é ...as vezes eles não seguem o que  você determinou , pois essa é a benção/maldição do RPG, e quando isso acontece, o que o mestre pode fazer?

Muitos narradores começariam a criar a ficha do inimigo durante a partida, mas parar, por mais de 5 minutos a narrativa, acaba quebrando o clima e deixando os jogadores desanimados. Se ela não está feita , paciência , mas como você vai precisar dessas informações de forma urgente para conduzir o combate , apenas adapte com o que você tem nas mãos, pegue aquelas estatísticas que estão do livro básico e vá se baseando, só para ter uma noção do grau de dificuldade dos testes do PDM.



No cenário / sistema do jogo Street Fighter Storyteller você encontra algumas tabelas com fichas de "buchas de canhão", aqueles Npcs que estão ali na história só para levar porrada mesmo. As suas características são bem genéricas, exatamente para serem usadas por qualquer tipo de personagem que se enquadre dentro de um perfil específico .Por exemplo , o valentão poderia ser usado sempre que os player tivessem que brigar com assaltantes ou com integrantes de uma gangue , o gângster poderia servir para os negociantes de drogas e cafetões ,entre outros exemplos. As características eram distribuídas conforme um perfil geral para estes estereótipos. Claro que você não vai usar isso para personagens importantes (cuidado com a preguiça), pois essa é uma técnica "quebra galho" .

Imagine uma briga inesperada na taverna, o mestre não teria como fazer a ficha de todo mundo, mas na hora de calcular os bônus de ataque , somar as paradas de dados ou contar os pontos de vidas, serão necessários ter todos esses dados em mãos.Se não deu tempo de criar Npcs genéricos ,use valores equivalentes de outro personagem do livro ,o ideal é não sair inventando CD ou paradas de dados aleatórias, pois isso pode acabar desequilibrando o jogo. Conheço um narrador assim, vai criando tudo de cabeça e em uma crônica no mundo das trevas, já vi humanos com "habilidades" na ficha com certos valores duvidosos que aumentavam ou diminuíam de acordo com o sucesso ou fracasso nos testes dos player.




Então Mestre, crie os seus PDM genéricos e guarde-os de forma organizada para facilitar a consulta durante o jogo, de preferência, em uma pasta. Se um NPC desses se destaca durante a história e se torna relevante, assim sim, você gasta um pouco mais de tempo, criando uma ficha especifica para ele. Essa questão é muito similar a situação de desenhar a masmorra que os jogadores irão entrar, na próxima sessão, mas que por "infelicidade do livre arbítrio", eles não entram e querem explorar outros lugares. Você pode até criar situações que os force a ir pelo caminho que você deseja, mas lembre-se que no RPG a história contada por todos, então, mesmo que tudo os leve ao destino da "aventura principal" que você criou , mas ninguém está interessado em seguir, então vamos para as secundárias, pois podem ser muito mais divertidas!  No caso dos personagens do Mestre, dessa forma é possível agilizar a partida, sem perder tempo com a criação das fichas dos "buchas de canhão" e sem ter que ficar inventando na hora.

Sucesso decisivo a todos!













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