terça-feira, 25 de setembro de 2012

Em busca de poder


Durante noites que caminho sem rumo nestas terras desconhecidas chamada Escócia. Claro que há um ou outro povoado por aqui, como também um ou outro castelo. Normalmente estes são controlados por gangreis, alias quase todos os vampiros que esbarrei desde que cheguei aqui eram gangreis.


 Agora o que um Lasombra faz andando por terras selvagens e longe dos centros de poder? Não tenho culpa se a minha criação de vampiro foi entre batalhas ao invés das cortes.
Tenho sim um grande interesse na manipulação de seres idiotas e brincar com a atual sociedade, afinal sou um Lasombra, mas também possuo um grande amor por batalhas e o poder que posso adquirir com meu próprio corpo.
Estou muito mais forte desde que cheguei aqui, há uma quantidade imensa de lobisomens e seu poderoso sangue por estas terras, já enfrentei uns seis ou sete e bebi o sangue de quatro. Em lugares afastados como esse não existe problema em perder o controle por causa do poderoso sangue lupino, difícil é encontrar todos os meus pertences depois disso.
Me sinto incrivelmente mais forte, rápido e resistente, poder tal adquirido com os lupinos, até possuo uma nova disciplina que absorvi de um Gangrel, nem preciso me preocupar com o sol, simplesmente me torno um só com a terra, e passo o dia ali dormindo, protegido contra o Astro Rei.
Por aqui também existe um número exagerado de fadas, dessas sim eu tenho medo, são muito ardilosas, principalmente quando você mata algumas de suas irmãs ao entrar numa de suas clareiras.
Eis agora minha situação. Cheguei ao extremo desta terra, vejo o mar a minha frente, ao que sei, apenas posso voltar pelo caminho de onde vim e de onde meus novos inimigos vem me perseguindo, ou ir para sul onde há mais lobisomens, fadas e gangreis que provavelmente já foram avisados sobre mim.
Não estou trajando armadura, a movimentação na mata fechada fica quase impossível com ela, e nem preciso, com minha fortitude recém adquirida posso ter o luxo de andar sem uma, mesmo com os problemas que enfrento no momento. Apenas essa roupa de couro e algodão basta. Não cortei minha barba desde que cheguei aqui, nem vou cortá-la quando voltar, se eu conseguir voltar, pois esta me deu uma aparência selvagem que eu gosto, assim como essa bela espada que peguei do último Gangrel que matei, acho que se chama Claymore, nunca vi uma dessas antes nos reinos da Ibéria, nem no Sacro Império Romano, mas faz meu estilo, brutal e eficaz, improvisei algumas tiras de couro e ela repousa em minhas costas.
Hoje a noite será longa, seguirei a costa para sul, talvez ache alguma vila de pescadores ou algo do tipo, preciso chegar a Inglaterra o quanto antes, me livraria dos gangreis e fadas, mas ainda haveriam lobisomens nas matas e muitos Ventrue nas cortes. Bem... penso eu que minha espada resolveu meus problemas até agora, provavelmente continuará resolvendo.

Texto de Navarro Mendes Santos Rosa

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