sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O DESPERTAR NO LABIRINTO – (PRIMEIRO DIA)


Quando acordei não sabia onde eu estava e me pareceu que havia outros ali por perto, por mais que buscasse nas recordações acho que nunca vou poder dizer como cheguei ali. A única coisa que me lembrava, era de um sonho. Um homem assassinava outro e depois escapava ou algo assim. Curiosamente a adaga que ele havia usado nos sonhos estava em minhas mãos, junto a ela uma bota e a razão deste item eu nem poderia supor.



Agora era claro, havia outros três no local além de mim, eu os observei por alguns segundos e fui observado. Uma pequena fresta no teto do lugar iluminava o local, era uma fraca luminosidade a outra fonte de luz vinha de um dos que estavam naquele lugar. Descobri que o iluminado se chamava Erestor, não era nada comum e se parecia de se forma com um grande lagarto avermelhado misturado a feições humanas. Também estava ali uma fada, por assim dizer, cujo nome era Aya, me afeiçoei a ela rapidamente e isto me
causou profunda tristeza mais tarde. O último era um humano, bem diferente de mim, era forte e pelo visto calejado de muitas batalhas, seu nome era Regnar. A iluminação revelou um pequeno salão, quatro piras e uma face esculpida na parede eram as coisas mais notórias, as piras estavam apagadas.
Ao conversarmos descobrimos que todos tiveram sonhos estranhos e notamos também que uns carregavam itens que completavam o dos outros, resolvemos unir os itens, a pequena Aya me passou a bainha da adaga e eu entreguei um pé de bota a Regnar, este recebeu de Erestor um cadeado que ele mesmo abriu com uma chave que possuía,  Aya também recebeu de Erestor uma aliança já que ela tinha a posse da outra. O que se seguiu foi uma experiência estranha e eu tentarei descrever aqui.
A medida que os itens encontravam os pares a face na parede emitia uma voz sonora e grave e uma das piras se acendia e a luz revelava uma visão nas chamas, não ocorreu na ordem mas pelo que me lembro esta era a história que nos foi apresentada:
“Um casamento ocorre, um dos padrinhos fica bem evidente na visão, os noivos parecem felizes.”
 “O noivo ajoelhado entrega algo para a noiva que o guarda em um baú a felicidade de ambos parece contagiante.”
“O padrinho do casamento ressurge com a adaga na mão, mata o noivo e tenta encontrar algo sem sucesso, frustrado e desesperado ele foge.”
“O fugitivo se encontra em desespero total, está manchado pelo sangue de sua vítima, parece estar profundamente arrependido. Chora e seu rosto revela pânico.”
Após isto o rosto se ilumina mais uma vez e fala conosco, diz que aqueles que completaram o sonho de Tristan terão uma chance de sair dali, mas só um caminho levaria a saída, honestamente só naquele momento notei que havia duas portas no local. Seguindo a fala da face de pedra veio um enigma cujo a resposta certa nos proporcionaria uma chance. Eis o Enigma.
“Eu tenho rios sem água, florestas sem árvores, montanhas sem pedras, cidades sem casas, quem sou eu?”
O que se seguiu foi um debate entre todos os presentes, a dúvida e o medo de errar nos corroía, eu não conseguia pensar em nada, mas nossa pequena Aya mostrou seu valor e sabedoria. “Um mapa!” ela disse, e todos concordaram. Corajosa ela foi até a face de pedra e lhe revelou a resposta, uma das portas desapareceu, não havia como saber se era a resposta certa, mas agora tínhamos um caminho.
Passamos pela porta e adentramos um corredor estreito e escuro, Regnar sacou uma tocha mágica de sua mochila iluminando melhor o lugar, o que veio a seguir foi catastrófico. Não havia um batedor no grupo e falhamos miseravelmente em nosso primeiro grande desafio, seguíamos em fila a ordem era Erestor, Regnar, eu e Aya. A frente três mortos estavam no chão vimos que foram vítimas de uma possível armadilha, nesse momento tudo ficou confuso.
Erestor que levava um cajado decidiu jogá-lo a frente para ver se havia algum perigo e descobrimos que sim, no momento que ele fez isso dardos saíram das paredes disparados em nossa direção, Erestor foi ágil o bastante para se esquivar, alguns dardos atingiram Regnar, eu consegui sair quase ileso, mas a pobre Aya caiu inerte no chão. Todos voltaram a atenção para nossa pequena amiga, apesar de meu nervosismo consegui melhorar o quadro dela graças a uma das poucas coisas que sei fazer. Ela estava bem, ficamos mais calmos.
Aya, utilizando suas asas foi a frente descobrir se haveria alguma coisa que pudesse desarmar a armadilha, aja visto que não poderíamos passar com ela ativada. Quando ela avançou ouvimos sons que vinham do fim daquele corredor, pareciam gemidos. Aya nos avisou que havia encontrado uma alavanca, também nos disse que o fim do corredor estava fechado por um portão de grade, a pequena moveu a alavanca e voltou em nossa direção, quando chegou algo havia ocorrido com ela, talvez veneno ou algo assim, um dos corpos que estavam ali possuía algumas poções, antes de usá-las tentei curá-la sem sucesso algum, por fim administramos as poções, mas falhamos, perdemos nossa companheira, antes de morrer a pequena me deu uma varinha com as seguintes palavras “é um presente para todos”. Ela desapareceu bem a nossa frente, peguei as coisas da pequena, me levantei contendo as lágrimas e decidimos continuar, graças a ela agora era possível ir em frente. Depois de analisar o corpo dos que ali estavam mortos pegamos três adagas de marfim com o troglodita e a armadura de um drow que estava ali, eu fiquei com uma das adagas, Regnar ficou com o resto. Erestor apenas tomou para si uma caixa de laca com um ovo de aranha dentro. Então prosseguimos.
A alavanca que determinou o fim da corajosa Aya também nos deu passagem, o corredor estava desimpedido e chegamos a um lugar onde havia uma espécie de fonte em formato de leão que pingava uma água límpida numa piscina rasa. Ali havia duas passagens, uma à esquerda de onde um vento vinha e uma à direita de onde ouvimos passos arrastados e gemidos. Naquele momento coloquei em minha cabeça que desejava ir pela esquerda, mas não queria sair só daquele lugar, o mais estranho era que nenhuma das duas passagens parecia ser uma continuação natural da sala anterior, confesso que aquilo me deixou extremamente perturbado.
Enquanto discutíamos por onde seguir eis que algo estranho acontece, antes mesmo de tocarmos em algo um som de algum tipo de mecanismo começou, a piscina se esvaziava e revelava uma escada a medida que se afastava, todos ficaram alarmados e se preparam para o pior, dali surgiram Hilja e Ormus, como descobriríamos após algumas apresentações. Não confiei em nenhum dos dois, Hilja me parecia mais sensata e conhecedora daquele lugar, mas em nosso desespero ninguém deu muita atenção a ela. Ormus era humano e estava praticamente nu, trazia a mão um terço, Hilja, bem eu não saberia dizer o que ela era. Erestor é uma pessoa boa e deu mais uma demonstração disto, cedeu a Ormus a parte superior de suas vestes. Dos novatos Ormus não me agradou, ele decidiu sem consultar a ninguém que iria pela direita, mesmo após os avisos do que ouvimos, mas os sons não voltaram a se repetir depois da chegada deles, sem escolha todos seguimos o homem do terço, objeto que a propósito agora estava iluminado. O local a direita parecia ter sido um palco de horrores sangue por todos os lados e uma porta que parecia ter sido trancada para que nada dali saísse. Uma voz veio do outro lado da porta, era uma voz assustadora que pedia ajuda para o homem que trás a luz. Não gostei daquilo, mas Ormus pouco deu atenção e se preparava para abrir a porta. Erestor me fez um sinal em pedido de ajuda, mas não necessitou, com movimentos rápidos e precisos derrubou Ormus com seus socos. Ele mesmo jogou o homem nos ombros e todos então rumaram para a passagem à esquerda. Regnar não gostou daquela atitude, era contra o fato de houvesse atritos entre o grupo, mas nos seguiu sem mais nada falar. Eu pensava que o tal Erestor havia nos salvado de algo ruim e naquele momento decidi que apreciaria a companhia daqueles que estavam comigo.
A outra passagem também era estranha, não combinava em nada com o local anterior, estávamos agora num túnel subterrâneo o que de certa forma nos deu a esperança de uma saída próxima, caminhamos em fila, Hilja na frente seguida de Erestor, que levava o desmaiado, Regnar e finalizando eu. No caminho encontramos um hobgoblin que foi vítima de uma armadilha, uma grande pedra esmagava seu quadril e ele agonizava lentamente, Erestor conversou com ele,
Jibb era o nome do hobgoblin, ele contou que nunca foi bom, saqueava, matava e sentia prazer por isso. Mas então sua filha nasceu trazendo sentido a sua vida miserável, ele abandonou os antigos costumes e serviu a comunidade goblinóide de forma honrada, mas alguma brincadeira dos deuses levou ele e sua pequena filha aquele lugar, ela acidentalmente disparou uma armadilha e ele conseguiu no último segundo a salvar, ela prosseguiu a pedido dele, o nome da garota era Arky e ele nos pediu que não a matasse, mas sim que a salvassem daquilo pois ela era boa, diferente de muitos de sua raça. Concordamos com o pedido do homem, ele então pediu misericórdia a Erestor que recuou ele não poderia fazer aquilo, entregou uma adaga na mão de Jibb e esperou que ele findasse a própria vida, mas ele estava fraco, Regnar tomou a frente e os outros deixaram o lugar entristecidos, eu permaneci olhando o serviço do bárbaro, com um golpe rápido e preciso Jibb nos deixou.
Agora caminhávamos em silêncio, continuamos seguindo o caminho até que chegamos a um local que parecia um enorme salão cavernoso, era alto e havia uma passagem no teto e uma escada de corda descia de lá, mas não até o solo, no meio deste lugar havia uma grande árvore, aos pés da árvore muitas ossadas. Após uma rápida inspeção decidimos entrar, então surgiu uma Harpia do meio das folhagens da árvore. Por um tempo ela conversou com Erestor e Regnar, ela desejava que um homem ficasse com ela e que a satisfizesse e que assim nos deixaria passar em paz. Porém não queríamos que ninguém ficasse para trás, percebi que havia outra saída no local e avisei a Regnar e Erestor, Hilja também havia percebido a passagem. Mas algo enfureceu a harpia que passou a nos atacar. Duas outras surgiram da árvore e uma delas carregava uma hobgoblin.
Erestor aguardou uma das harpias ataca-lo e revidou com seus socos, no mesmo momento eu disparei contra aquela que atacava Erestor, Regnar também disparou, a harpia então atacou Erestor e este a atacou de volta. A primeira harpia começou um canto que pelo visto surtiu algum efeito maligno em Regnar e Hilja. Erestor e eu continuamos a atacar a mesma harpia até que aquela que carregava a pequena hobgoblin ameaçou soltá-la. Cessamos o ataque, e as harpias decidiram fugir pelo buraco no teto. Antes de elas partirem Erestor exige que deixassem Arky, elas cumpriram a exigência, mas a soltaram lá de cima. Rapidamente corremos para tentar apará-la e por sorte conseguimos. As harpias fugiram pelo buraco no teto e lá de cima soltaram a escada de corda, Hilja a pegou. Depois disso falamos com a pequena Arky que se surpreendeu de sabermos o nome dela, com ar triste contamos o que ocorreu, ela foi forte e entendeu a situação, tentando ajudar rasguei um pedaço de meu manto e providenciei um curativo tosco para o que sobrou da mão da menina, que as malditas harpias haviam devorado. Pensamos em acampar, mas logo descartamos essa ideia. Agora só nos restou o corredor oposto ao que entramos. Seguimos por ali. E na verdade foi nossa única opção.
Logo após as harpias desaparecerem pelo buraco no teto um grito estridente seguido de uma explosão foi o prenúncio de uma situação caótica, o teto do local viera abaixo e uma água barrenta começou a alagar tudo. Corremos em disparada para o corredor, disparamos armadilhas em nosso desespero, por uma sorte divina passei ileso por elas, o que foi providencial já que eu estava na frente da fila e a água logo iria nos afogar. Mas pra meu azar o corredor se bifurcou. Nessa hora me lembrei do que Erestor me disse minutos atrás “Corre e reza!” de trás ouvia os sons das lâminas cortando meus companheiros, mas o medo não me permitiu olhar. Corri pelo da direita rezando e acho que os deuses ouviram minhas preces. Naquele corredor estranho a enxurrada carregou a mim e aos outros. Pensei que seria o fim mas me agarrei numa grade no teto. Regnar, Erestor, que carregava Arky, e Ormus, que havia acordado, também conseguiram se segurar. Não vi que fim teve Hilja, mas desejava que ela tivesse mais sorte do que nós, apesar de temer que ela tivesse perecido. Mesmo conseguindo se agarrar naquela grade a água continuava a subir e nenhum de nós tinha condições de abrir. Os mais capazes tentaram em vão forçar as grades, quando pensei que poderia ser o fim apareceu nossa salvação. Descobri mais tarde que seu nome era Skadi.
Uma imensa elfa com chifres na cabeça apareceu acima de nós, podíamos a ver pelos vãos da grade e imploramos ajuda, prontamente ela atendeu. Naquele momento mal a conhecia, mas passei a gostar dela. Quando todos estavam a salvo nos apresentamos e daí aquele homem quase pelado que sempre segurava um terço começou a agir como ele melhor sabia, de forma estranha. Estávamos agora num local que parecia uma sala de tortura, totalmente diferente do que o lugar que saímos, de certa forma aquilo já nem era um choque para mim, mas Erestor percebeu que Arky estava nervosa, ainda mais pelo fato de que o bravo Ormus resolveu entrar num dos instrumentos de tortura. Eu peguei meu bandolim ensopado daquela água barrenta e ainda assim consegui distrair a pobre hobgoblin. Ela se sentiu melhor, no entanto confesso que foi uma das minhas piores apresentações. Quando Ormus voltou a aparecer ele estava trajado com uma bela armadura. Então conhecemos o “Pedaço de bosta inútil”.
Havia uma porta oposta ao instrumento de tortura ao qual Ormus adentrou. De lá surgiu um Bullywug, ele falava de forma engraçada, sempre iniciado de um “burrp” ou terminado da mesma forma. Ele então nos avisou que estávamos próximos a maior cidade do lugar. E que lá haveria comida e descanso. Não pensamos muito e o seguimos. No caminho ele revelou seu nome que já citei acima, eu poderia rir se não estivesse tão desesperado. Conversávamos com ele e fomos informados que o mestre do “Pedaço”, como eu preferi o tratar, era um ser que eu não desejava encontrar, mas segui meus companheiros. Pedaço bateu em uma porta que foi, após as devidas anunciações, aberta por um goblin. Entramos e o que vimos foi um imenso tanque com alguns tentáculos que saiam dali. O lugar parecia uma fábrica, não sabíamos o que havia dentro do tanque, “Pedaço” nos informou que era o mestre e indicou algo pouco acima do tanque que segundo ele era o guarda-costas do mestre. Ao olharmos nos deparamos com um Beholder enorme que, por assim dizer, sorria. Bom, neste momento tudo ficou confuso.
A elfa, como Skadi insistia em dizer que era apesar de eu não ter absoluta certeza disso, saiu em disparada assustada com o Beholder que enfurecido atacou-a com raios, creio que ele não o fará novamente. Um enorme peixe colocou sua cara pra fora do tanque, Erestor tentava negociar uma saída pacífica para tudo aquilo, mas Skadi já não estava interessada. Num momento ela estava em fuga, em outro com um imenso martelo nas mãos e num salto sobrenatural afundou o martelo no Beholder que veio ao chão com a força do golpe. Eu sabia que Erestor estava ferido, pois ao passar pelas armadilhas ele usou o próprio corpo para proteger a pequena Arky, então tentei curá-lo mas aquele negócio estranho que estava dentro do tanque usou um de seus tentáculos para me atacar, serei sincero, não sou um lutador na verdade sou muito fraco e medroso, mas os deuses olham por mim e ele errou o ataque. Conclui a cura e levei minhas mãos ao meu arco. O peixe falava de uma forma estranha, como se viesse de dentro das nossas cabeças e Regnar foi afetado e se virou contra nós. Erestor então tentou parlamentar com o peixe de dentro do tanque, o peixe pode não ter se inclinado a sugestão dele de parar a luta, o Beholder disse “Aceita sim mestre, aceita sim!”, mas ninguém poderia conter a elfa em fúria, com um novo golpe ela findou a miserável vida do guarda-costas e ainda em fúria arrebentou o tanque onde estava o peixe que junto com aquela água ficou esparramado a nossa frente implorando perdão. Enquanto tudo isso ocorria “Pedaço” estava ali perto mexendo em uma válvula, ele então ressurgiu justamente quando perguntamos ao peixe onde encontrar uma saída, ao qual o peixe nos disse apontando para o Bullywug “Ele está com a chave”. Voltamos as atenções ao que “Pedaço” segurava, era uma luva, Ormus a reconheceu como sendo a Mão de Phobos, um item que poderia tirar um de nós dali, mas cobraria a mão da pessoa por isso. Não foi necessária muita discussão, mandaríamos Arky embora e avisamos isto à ela. A garota ficou visivelmente emocionada de saber daquilo, mas todos estavam de acordo, me despedi dela afagando-lhe uma última vez os cabelos, entregamos a ela uma armadura que tomamos do drow caído no inicio disso tudo, era uma bela armadura com tema de aranha, deveria valer algo que poderia ser útil para a pequena. Ajudamo-la a calçar a luva e a vimos sumir com um dos mais belos sorrisos que eu já pude ver. Mesmo naquele lugar de onde eu até então pensava que só canções tristes eu iria levar, eu encontrei um motivo para alegria, senti-me muito bem e pude reparar que todos também se sentiram.
Falamos com “Pedaço” que nos disse que os goblins eram quem possuíam comida e eles haviam fugido do combate e se escondido numa porta que ele nos indicou. Depois disso o Bullywug nos deixou. Enquanto Skadi negociava com os goblins, que por fim cederam a ela alguma comida, Erestor ouviu um barulho vindo de uma caldeira vazia, havia uma porta que ele abriu, dentro dela havia um homem, aparentemente guerreiro, deitado no chão. Percebi naquele momento que a todo tempo mais se juntavam a nossa tribulação, pouco tive tempo para conversar com ele, mas soube que o nome do novo companheiro era Theodore e ele parecia muito confuso. Skadi após pegar a comida foi até uma passarela de ferro mais segura e no alto, ali fizemos uma refeição breve, não comi muito e senti os efeitos da fome me assolarem, após isto a grande elfa procurou um canto onde se recostou para tentar dormir, todos fizeram o mesmo. O guerreiro recém-chegado se ofereceu para fazer a guarda, Regnar o acompanhou, Erestor, eu e Skadi dormimos, não notei pra onde Ormus foi, mas sabendo que ele era adepto da solidão não me importei. Retirei minha armadura e me deitei utilizando a mochila como travesseiro e um saco de dormir como colchão. Antes de dormir pensei em muitas coisas, em Aya e no meu fracasso em ajuda-la, me Jibb e o desfecho terrível que ele teve e nos sustos que levei até aquele momento. Tudo me fazia triste, mas veio-me a mente o maravilhoso sorriso de Arky quando foi liberta, então pensei “quem sabe esse sonho ruim não termine quando eu me levantar”. Mas eu estava enganado, os pesadelos apenas começaram.

Texto de Carlos La Terza

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