quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Spelljammer


Alguém aqui já jogou Spelljammer? Era um dos cenários mais loucos do antigo AD&D que eu já vi!!
Alguns RPGistas mais antigos talvez já tenham ouvido falar de Spelljammer, um dos cenários clássicos do velho AD&D, e provavelmente o mais exótico e único dentre eles. Podemos descrevê-lo como o que acontece quando você pega todos os clichês e paradigmas associados ao jogo e os joga para o espaço, espalhando-os em meio às estrelas.

Spelljammer não é tanto um cenário, no entanto, quanto um gênero em si, a verdadeira fantasia espacial. Suas naves interplanetárias não funcionam com tecnologia, mas através de magia; e o seu espaço selvagem não é regido pelas leis da nossa física, mas sim as da fantasia, com direito raças impossíveis e monstros em escala cósmica. E você não precisa necessariamente usar os cenários sugeridos nos livros básicos – pegue o seu cenário de campanha favorito, pode ser mesmo Arton, jogue um leme de navegação no tesouro de um dragão, explique aos jogadores como funciona, e veja-os se lançarem em direção aos céus para explorar mundos desconhecidas.

Se ainda é difícil imaginar, existem pelo menos dois videogames que podem dar alguma idéia de como funciona. O primeiro é Rogue Galaxy, um dos últimos RPGs lançados para o Playstation 2, e que possui como tema justamente viagens interplanetárias em um mundo de fantasia, com direito a piratas espaciais e todo o resto. E o segundo é a série Kingdom Hearts - a forma como Sora e seus companheiros viajam entre os mundos dos filmes Disney, navegando com uma nave por entre pequenos planetóides, lembra bastante o conceito de espaço selvagem e as esferas de cristal de Spelljammer.

O universo em Spelljammer é formado pelas chamadas esferas de cristal. Esta é uma concepção inspirada em antigos mapas cosmológicos medievais, segundo os quais a Terra seria o centro do universo e os outros astros girariam em torno dela presos por redomas cristalinas. Spelljammer considera que tais redomas de fato existem, mas de forma um pouco diferente – cada esfera corresponde a um universo próprio, com seus próprios planetas, estrelas e astros em geral. Nos livros oficiais do cenário são descritas três esferas de cristal, que correspondem aos três cenários de AD&D existentes na época: Realmspace, onde se localiza Toril, o mundo de Forgotten Realms; Dragonspace, onde se encontra Krynn, cenário de Dragonlance; e Greyspace, onde encontramos Oearth, planeta principal de Greyhawk. Pode-se imaginar, no entanto, que dezenas de outras existam, correspondentes a quaisquer outros cenários de campanha possíveis – de Titan (o mundo de Aventuras Fantásticas) a Arton, passando por Artas (Dark Sun), Mystara, Tagmar, e talvez até mesmo a Terra de Santa Cruz (de O Desafio dos Bandeirantes) ou a Terra-Média, além, é claro, daquele cenário de fantasia genérico que você criou para os jogos do seu grupo.

Ou,como um um pôster desmotivacional da internet descreveu melhor,tradução:



"D&D encontra Star Trek. É como pôrno para nerds."


Autor: [Cristiano Antunes]

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