E aí galera... Moderador Matheus Marraschi postando aqui :)
Estou disponibilizando um material que eu traduzi recentemente do livro 'Drow of The Underdark'. Um breve resumo do capitulo "All About The Drow", para facilitar o entendimento para vocês que pretendem desbravar as cidades das profundezas! :)
Espero que gostem...
Os drows possuem a pele escura, variando desde negro-obsidiana até um tom ardósia-azulado, cabelos entre o branco e o prateado e olhos variando desde amarelos brilhantes até vermelhos puros.
Atraentes, sua beleza muitas vezes supera o padrão de beleza dos elfos convencionais.
São sensíveis a luz, devido ao tempo em que estão reclusos na escuridão das profundezas. Devido este evento, podem enxergar no escuro com muita facilidade e se estão em um local sem nenhuma fonte luminosa, podem ver até 25 metros dentro da escuridão.
Pela falta de recursos a disposição nas profundezas dos subterrâneos, os drow desenvolveram uma aptidão natural para a magia, sendo capazes de manipular energia arcana com maior facilidade que seus primos da superfície.
São criaturas extremamente inteligentes, não são assassinos descontrolados e sim criaturas traiçoeiras e maldosas. Não pensam um minuto se for preciso matar um amigo ou membro da família para chegar ao objetivo desejado.
Os homens desta raça servem como guerreiros e magos. O foco clerical é das mulheres a serviço da Rainha Aranha ou Lolth deusa dos drow, figura divina extremamente matriarcal. Mas existem homens que também conquistam boa reputação na sociedade drow; é o caso de Jarlaxle (Forgotten Realms), um mercenário bastante influente até em eventos da superfície. Há também os exemplos de drows renegados que abandonam seu mundo escuro por não se identificarem com o ambiente cruel e doentio que envolve sua raça. Um exemplo é Drizzt Do'Urden o drow honrado mais famoso do cenário de campanha de Forgotten Realms e talvez de todos os tempos.
SOCIEDADE E CULTURA
É um dos paradoxos da raça drow que a sua cultura, mesmo que
incentivando o egoísmo e o avanço através da enganação e do assassinato, ainda
concentre na hegemonia de sua sociedade perante as outras. A sociedade drow
como um todo, carece de qualquer conceito de valor pessoal. As habilidades ou
realizações de um indivíduo não são, em si, de muita relevância. A cultura não
recompensa ou julga por habilidade, ou por sucesso individual.
A única medida verdadeira de importância na sociedade drow
seria o quão completamente eficaz um indivíduo é para reger e mudar a
sociedade. Em outras palavras, o quanto um indivíduo tem de autoridade sobres
os outros drows e os recursos necessários para a comunidade. Embora habilidades
pessoais, realizações, idade, ou linhagens muitas vezes também levem a tal
controle. Resumindo, é a influencia em si que determina o status na sociedade
drow.
Como muitos outros seres sencientes, os drows possuem termos
e pensamentos dicotomistas “Se algo não é
bom, deve ser mau! Se algo não é forte, deve ser fraco!” Sendo assim, um
drow com muita autoridade sobre os outros possui valor, e um drow com pouca ou
nenhuma autoridade é inútil. Quando não resta status, influencia, e a própria
vida perde o valor intrínseco, um drow fraco não passará de uma mercadoria a
ser comercializada, abusada e eventualmente explorada pelos mais poderosos até
que não agüente de tanta exaustão. Escravização,
tortura e assassinato não são crimes, quando o agressor for um drow de alto
escalão e a vitima não. Os drows evitam massacrarem aleatoriamente todos que os
ofendem, devido à preocupação de matar um parente, servo, ou escravo de alguém
mais poderoso.
Essa crença no poder desenvolveu a cultura drow tal como ela
é hoje: Uma sociedade em que cada interação é determinada por uma
dominante/submissa hierarquia. A sociedade drow divide todos (drows ou outras
raças) em três categorias:
As que possuem mais poder devem ser aclamados (pelo menos
até que elas possam ser substituídas). Os que podem ser considerados
ferramentas úteis para o avanço, devem ser explorados ao máximo e de todas as
maneiras possíveis. E os fracos são
inúteis, exceto para trabalhar ou ingressar em tropas descartáveis. A relevância das ordens gerais dadas pelas
generais também depende de quem detém o maior poder.
Até mesmo em casos de negociações, o poder tem influência.
Normalmente as matriarcas não negociam, elas mandam seus soldados ou servos
para executarem o serviço em seus nomes. Se a cliente for de maior escala que o
fornecedor, ela mesmo decide quanto irá pagar. Se ela for menor, terá de pagar
o que o fornecedor exige, ou não receberá as mercadorias. Apenas quando se
trata de comércios com reinos não-drows que ‘negociar’ se torna uma opção, e
mesmo assim os fornecedores devem tomar cuidado para não ofenderem,
acidentalmente, o escravo ou servo de uma drow poderosa. Os drows que se
recusam a acatar ordens de suas matronas ou de drows superiores, são punidos
com severas torturas.
Os drows são especialistas no ato de causar dor e morte. As
outras raças, normalmente, os consideram cruéis por esse motivo. E isso também
é um sinal exterior das crenças no coração de seu desenvolvimento cultural. A
dor causada a um rival é um meio necessário para um fim; E a dor causada a um
subordinado não é importante, pois eles não são importantes. Os drows são
cruéis, em partes, pois pra eles é tão normal torturar um subalterno, quanto chicotear
um cavalo é normal para os homens da superfície. Vale sempre ressaltar que a
autoridade social é a única medida de valor que um drow entende.
Estes são os resultados de fundamentos filosóficos de uma
cultura de conspiração constante, em que cada membro de uma comunidade está
perpetuamente conspirando para obter maior poder sobre seus vizinhos. A
paranóia é desenfreada, com cada palavra ou escritura minuciosamente examinada
para assegurar que não contém perigo escondido. Embora muitos pensem o
contrário, essas traições não só acontecem apenas nas castas mais altas, como
entre as sacerdotisas e as casas nobres.
Ela está presente em toda a sociedade drow: Comerciantes conspiram para
destruir as fontes de bens de um rival. Soldados enfraquecem armaduras de
outros mais altos na esperança que estes morram em campo de batalha, e deixem o
caminho livre para uma suposta promoção. Servos conspiram com escravos para
envenenar outros escravos, ou até mesmo seus superiores. Quando se possui uma
posição de prestígio, uma drow nunca deve abaixar a sua guarda.
TRADIÇÕES
Talvez uma das mais estranhas dicotomias da cultura drow é
que todos estão fortemente presos a uma tradição inovadora. Uma combinação
bizarra encontrada raramente nas outras raras. A inovação drow é, como acontece
com tantas outras coisas em suas vidas, impulsionada pelo constante esforço
para alcançar o domínio sobre outros drows. Um plano de batalha criativo, uma
magia nova, um método mais rápido de produção de bens manufaturados, nada disso
tem valor para os drows em si. Mas,
quando tais inovações são colocadas de formas em que seu uso aumente o status
de seu criador, aí sim elas possuem valor.
Assim, essas tradições mantêm os drows ainda mais focados em
suas inovações. Os drows mais poderosos viveram séculos, mas as brigas internas
da raça duram milênios. Eles são muito cuidadosos e bem preparados contra
esquemas que possam prejudicá-los. Um drow que procura chegar a frente dos
outros deve ser criativo em sua abordagem. Eles são um povo naturalmente
caótico, tanto em termos de temperamento individual, quanto na doutrina
religiosa, e se curvam às suas tradições, mas reagem se tais tradições forem
más formuladas (as tradições não são codificadas como lei).
A falta de código formais de lei na sociedade drow, também
equivale a falta de aplicação da lei formal. Uma sociedade drow não possui
vigilância ou uma força armada. Em vez disso, cada aspecto ou segmento da
comunidade é responsável pela aplicação de seu próprio poder, na medida em que
a autoridade se estende. Um crime contra uma casa nobre grande, por exemplo, é
respondido pelos membros da própria casa. A igreja de Lolth pune aqueles que
transgridem contra sua fé. Se um drow solitário, ou uma instituição não tenha
capacidade para revidar contra alguém que o tenha prejudicado, então essa
pessoa ou instituição são marcadas como indivíduos fracos demais para
derrubarem os seus rivais.
Em raras ocasiões, uma instituição drow pode requerer a
outra organização maior para derrubar seus adversários. Uma sacerdotisa pode
convocar soldados de uma casa nobre para lidar com criadores de problemas,
invés de fazer uso de seus próprios recursos por exemplo. Alternativamente, o
inverso pode acontecer... Drows poderosas podem requerer os serviços de uma
comunidade menor para resolver alguns problemas. Tais acordos temporários
normalmente ocorrem quando uma drow não deseja manter sua facção em um conflito
direto. Por exemplo, se uma casa nobre insulta ou ataca membros de outra casa
nobre, que responde com a mesma moeda, isso geraria um conflito prolongado. Mas
a casa que fora atacada ou ofendida, poderia solicitar que a igreja de Lolth
punisse a casa transgressora invés de entrar num conflito direto. A punição
seria de acordo com o crime cometido, e é claro que isso colocaria a casa nobre
em dívida com a igreja.
As punições drows dependem da mão que as sentenciam, mas
normalmente são eficientes e brutais. Em alguns casos, a punição simplesmente
retira o poder e as posses do transgressor. Mas, freqüentemente, o indivíduo se
torna um escravo ligado a uma casa nobre ou a igreja. Tortura e execução são
comuns também. A sociedade drow não acredita muito em pena de prisão como
punição, muito menos em segundas chances.
GOVERNO
Os drows são regidos por uma teocracia matriarcal precisa e
enganosa. É certo dizer que os membros
dominante da sociedade são as sacerdotisas de Lolth e as matronas (matriarcas,
líderes das casas nobres), mas chamar-lhes de ‘governo’ é um equívoco. Os drows
são guiados por tradições e supervisionados por estas personalidades
influentes, mas não possuem governos formais. A cidade drow não tem duquesa ou
prefeiro, e uma nação drow não tem imperatriz ou rainha.
Uma comunidade drow é regida, por assim dizer, através da
cooperação instável de suas três instituições mais poderosas. A igreja de Lolth
é a facção mais influente entre elas. As sacerdotisas desta igreja interpretam
e divulgam a vontade de Lolth, rituais e cerimônias de conduta para honrar a
deusa negra, e ainda tem autoridade de exigir qualquer coisa em seu nome. Se o
drow tivesse um compromisso formal com governo, seriam regidos por essas
individuas. Em nível prático,
entretanto, embora as sacerdotisas sejam líderes da sociedade drow, a igreja
muitas vezes não tem o poder de tomar medidas drásticas sem o apoio das grandes
casas nobres. Matriarcas muito
poderosas, às vezes, possuem tanto poder quanto a própria igreja. É importante
também entender que a igreja não é uma entidade monolítica guiada por uma única
voz ou um único objetivo. Ela é composta por um corpo de sacerdotisas, todas
leais a Lolth e com a mesma autoridade para dominar ou conduzir a sociedade.
Assim, uma sacerdotisa que queira punir uma casa por um problema pessoal, não
pode reunir todos os recursos da igreja contra essa casa... A não ser que a
casa tenha sido flagrada em um crime grave, como se voltar contra Lolth.
As casas nobres drows seguram a maior parte do poder
econômico e militar da sociedade. Em algumas comunidades, algumas casas são até
mais poderosas que a própria igreja (dirigindo as atividades das líderes
religiosas). A sacerdotisa de uma comunidade pode, também, altamente
classificada para ser a matriarca de uma grande casa (possuindo assim duas
patentes importantes na sociedade). Cada casa está ligada às outras casas por
uma teia de tratados, alianças, conflitos e traições. Uma casa teria de ser demasiadamente poderosa
para os outros tentarem se aliar, ou mesmo derrubá-la. Além disso, embora a
igreja não tenha poder para derrubar uma casa sozinha, uma casa não possui
recursos para se tornar inimiga da igreja. Muito do poder de uma comunidade vem
das sacerdotisas drows, e uma casa que não consegue trabalhar com estas
sacerdotisas, perdem o acesso aos canais de influência. Embora tal ocorrência
seja rara, a igreja pode decretar que uma casa caiu na graça de Lolth,
essencialmente, dando todas as outras casas a permissão e o incentivo a se
rebelarem contra ela. Algumas casas são fortes o suficiente para resistir, até
mesmo, a esse tipo de ataque, o que invariavelmente levam a uma diluição do
poder da igreja numa comunidade. Uma casa muito enfraquecida fica susceptível a
perder seu poder. Por isso é perfeitamente compreensível que nenhuma única casa
conseguiu manter seus poderes por muito tempo.
O militarismo é a terceira instituição que, em algumas
comunidades, poderia ser um corpo diretivo. Comunidades drows não formam
exércitos permanentes, uma vez que isso exigiria um governo formal. Várias
forças menores compõem a maior tropa de uma cidade drow. Estes consistem
principalmente dentro das casas nobres, soldados da igreja, e organizações
mercenárias. Na maior parte então, o ‘militar’ é a aplicação do braço de uma
casa ou da igreja. Em alguns casos raros, no entanto, particularmente em comunidades
envolvidas em guerras constantes, o militar assume uma autoridade própria. Seus
generais, sob o pretexto de proteger a comunidade, usurpam a autoridade das
matriarcas, tornando-se os membros dominantes da casa, ou pelo menos
transportando autoridade suficiente das matriarcas. Generais de facções
diferentes, tais como casas rivais, frequentemente criam crises militares para
arrancar a supremacia de outras casas (e do sacerdócio, em alguns casos).
É interessante notar que a posição em uma unidade militar é
a única autoridade que um drow macho pode vir a ter na sociedade. Portanto, a
única forma de um drow macho subir ao poder é aplicando um golpe que torne o
militarismo numa comunidade como corpo principal.
PSICOLOGIA DROW
A percepção de que um único drow vale a pena é determinada
pela influência que ele exerce sobre a sociedade, e não simplesmente atitudes
culturais, como psicológicas também. Um drow que não detém poder é uma falha
aos seus próprios olhos, e isso mais do que qualquer coisa o impulsiona a um
comportamento de submissão. Na sua maior
parte, os drows são movidos por uma trindade de emoções que existem, em
diferentes graus, em cada membro de sua raça.
Orgulho: O que cada drow tem em mente, é que eles são
um excelente espécime de uma raça superior, ou pelo menos deveriam ser. Os
drows que obtêm poder, fazem isso porque são dignos. E os que carecem de
autoridade, encontram-se ressentidos, se culpando e a outros indivíduos pelo
seu fracasso. Um drow nunca esquece uma vitória ou uma derrota.
Raiva: Intimamente ligada ao orgulho, há uma corrente
de raiva que atravessa toda a população drow. Eles são primais e instintivos,
atacando com velocidade qualquer um que os ofenda. Uma drow demonstra seu valor
destruindo um subordinado que ousou desafiá-la, um estrangeiro que recusou a
subimissão ou um aliado que a traiu. Os drows são rápidos em recorrer à
violência, e a vingança é um dos maiores motivos.
Medo: Eles não estão muitas vezes conscientes disso,
e seria insultado se alguém viesse a sugerir, mas o drow vive cada dia de sua
vida com um terror mortal. Eles temem suas mestras e sacerdotisas, temem a
traição de seus subordinados, temem desagradar sua divindade, temem perder o
poder e cair na desgraça. Esse medo gera uma paranoia e desconfiança que faz os
drows orquestrarem esquemas em sigilo. Para toda a crueldade e poder deles, os
drows são criaturas amargamente temerosas, sempre com medo de perder o que têm.
Tudo que um drow faz decorre a partir de uma dessas três emoções, amparadas por
pressões sociais. E mesmo sua devoção
fanática a Lolth é baseada no medo:
Medo de invocar a ira de sua deusa, ou medo de estar à
deriva no mundo sem sua orientação divina...
·
Planejamento
em longo prazo
Os drows, em média, têm uma vida mais curta do que os elfos
da superfície, e isso se dá mais pelo fato de sua vida violenta, do que
biologicamente falando. Mas, mesmo
assim, eles ainda vivem muito mais tempo do que muitas outras raças humanoides.
Assim, o drow muitas vezes demoram a ter a visão do mundo que os humanos têm
por exemplo. Considerando que esta visão de longa vida se manifesta nos elfos
da superfície como uma falta de vontade aparente de tomar decisões, ou pouco
senso de urgência, os drows procuram ser mais ativos, ao invés de agir
lentamente. Os drows preferem espremer o máximo que podem de cada ano e, o que
para os elfos da superfície pode levar dez longos anos, para um drow levaria um
ano (tal como os humanos). Essa mentalidade faz com que os drows corram atrás
de numerosos planos que possam vir a se concretizar por anos, ou mais. Muitos
destes planos são frustrados pela natureza altamente emocional dos drows, que
os permite se frustrarem às vezes. Mas um plano bem pensado e arquitetado pode
render bons frutos para um membro na sociedade.
Todos os drows são intrigantes, mas nem todos são
planejadores eficazes. Alguns planejamentos podem vir a durar décadas ou
séculos, portanto os drows devem se manter pacientes o suficiente para
conseguir o controle emocional necessário para cumprir seus esforços. Se um
drow tem uma explosão de raiva em um momento inoportuno, pode antecipar as
maquinações de seus rivais, jogando no lixo anos de planejamentos.
·
Interação
dominante e submissa
Toda forma de interação entre os indivíduos da sociedade
drow é hierárquica. Eles não possuem a capacidade para tratar outro indivíduo
como um igual. Cada comunicação entre dois ou mais indivíduos,
independentemente de seus propósitos, cai em um padrão dominante e submisso.
A menos que uma drow tenha motivos para acreditar no
contrário, ela sempre se assume como dominante em uma discussão, e se irrita
facilmente se os outros não se comportarem adequadamente. Se ela está falando
com alguém que claramente possui um maior status, ela aceita o fato de que está
numa posição submissa, mas de imediato começa a analisar formas eventuais de
ganhar superioridade.
Isso não é algo que um drow opta em fazer, é simplesmente o
que eles pensam. A noção de uma sociedade de iguais é inviável, e apesar dos
drows não lidarem frequentemente com outras raças, eles aprendem a tolerá-los,
desde que estes sempre cumpram suas tradições dentro de suas cidades.
Parte integrante desta noção são as ideias que eles têm a
respeito de bondade e privacidade, ou mais precisamente, sua completa falta dos
mesmos. Drow são impensavelmente cruéis e não atribuem valores aos seus
subordinados. Da mesma forma, o conceito de privacidade é absurdo aos seus
olhos. Um drow que não é forte o suficiente para manter seus assuntos em
segredo, merece ser exposto e explorado.
·
Veneração
aracnídea e rivalidade
Uma das maiores influências da cultura psicologia drow
deriva das crenças religiosas. Normalmente os outros humanoides seguem
divindades que também possuem a forma humanoide, já isso não acontece com os
drows.
Eles são humanoides mamíferos, com necessidades associadas,
mas reverenciam a aranha, uma criatura de predação. Eles são uma comunidade que
procura se tornar um enxame. São um povo naturalmente emocional, que
reverenciam uma criatura sem nenhuma emoção (isso sem falar na semelhança
física que, por meio de rituais, muitas sacerdotisas adquirem).
Estes conflitos de
desejos influenciam muito na psique drow. Eles são, pelo menos, parcialmente
responsáveis pela única medida de cultura de autoestima através do poder da
autoridade. E é responsável também por grande parte da violência inerente à
sociedade. Seu medo de sua deusa, sua vergonha por ser incapaz de viver
plenamente, sua raiva do mundo ao seu redor, tudo isso pode, pelo menos em
parte, traçados para uma veneração profunda. Não é de pouco tempo que, devido
ao conflito e suas crenças religiosas e de sua própria natureza mental, cada
membro da sociedade drow é, pelo menos, um pouco insano.
·
Instintivo
ou cultural?
Uma questão da psicologia drow que nunca ocorre com o drow
em si, mas é de grande interesse para os estudiosos de fora, é se todas essas
atitudes são instintivas ou produto de uma cultura e educação. Acredita-se que,
devido a influência de Lolth em incontáveis gerações de violência e intriga, as
atitudes drows agora estão inteiramente inatas. Se uma criança drow for
capturada para viver na superfície entre os humanos ou elfos, por exemplo, ela
ainda sim crescerá manipuladora, calculista e violenta.
Outros sustentam, no entanto, que os drows não são
diferentes das crianças abusadas. Eles perpetuam um ciclo de crueldade, e vivem
num mundo cruel de ódio e ressentimento. Se esse ciclo pudesse ser quebrado, e
eles fossem criados fora dos dogmas de Lolth, alguns argumentam que eles seriam
indivíduos muito diferentes. Essa é a teoria mais aceitável, já que muitos
drows renegaram sua raça e fugiram para superfície.
RELIGIÃO
Se a vida e cultura drow fossem acionadas por uma força
única, esta seria a sua fé. Os drows são panteístas. Humanos veneram diversas
divindades igualmente, elgos reverenciam Corellon acima do outros (mas seu
panteão está repleto de outras divindades), já para os drows há apenas Lolth.
Isto vem como uma surpresa para os estudiosos que acreditam
que o panteão drow é repleto por diversas divindades. No caso de Forgotten
Realms, por exemplo, existem entidades como Ghaunadaur e Vhaeraun, mas não
importa o quão fortemente elas sejam, um drow pode até reverenciá-los, mas
sempre serão secundários na melhor das hipóteses. Somente Lolth se destaca no
coração de cada drow, as outras entidades não passam de suas sombras.
A pratica religiosa não é uma atividade voluntária entre os
drows. A adoração a Lolth é impiedosamente imposta, exigindo a participação em
seus ritos e muitas vezes punindo transgressores com sacrifícios. As
sacerdotisas raramente se veem no caso de tomarem essas medidas, mas o culto a
Lolth é tão enraizado na cultura drow, que a maioria topa participar
involuntariamente de tais sacrifícios, como uma espécie de reverência a sua
deusa.
·
Ritos e
rituais de Lolth
Como seria de se esperar de uma sociedade tão violenta e
voraz, os ritos sagrados de Lolth são brutais e sangrentos. O sacrifício é
primordial, mas não é o único meio de adoração em rituais. Drows não adoram por
amor, mas por medo, e sua fé exige que seu medo se espalhe para os outros.
Orações: As orações são sempre proferidas na língua
do subterrâneo. O drow frequentemente ora antes de entrar em uma situação de
perigo, começando um planejamento, ou simplesmente se preparando para um dia de
trabalho. Ele não pedem ajuda a Lolth para concluir seus objetivos, pois pedir
a Lolth é um sinal de fraqueza e um insulto. Em vez disso, as orações para
Lolth são pedidas como testes, de modo que o peticionário possa exibir sua
força e habilidade. “Ellyia Lolthu”, em élfico “Teste-me Lolth” está entre as
frases mais comuns proferidas em orações.
Ritos menores: Uma individua pode executar um rito
menor, quando estiver comemorando uma vitória pessoal e quer pagar a Lolth o
que lhe é devido. Mais do que uma simples oração, esses ritos normalmente
envolvem alguma forma de sacrifício como vinho derramado, riquezas queimadas,
ou uma pequena de sangue próprio derramado. Tais ritos exigem um símbolo
sagrado de Lolth e um livro de adorações. Eles incluem recitação de orações longas
pedindo para que Lolth aceite os presentes oferecidos. Ao contrário de orações,
que muitas vezes são pronunciadas em público, os ritos menores são atividades
pessoais. Eles raramente envolvem mais de um drow.
Ritos principais: Os drows realizam dois tipos de
ritos importantes para Lolth, e ambos envolvem a participação de vários
indivíduos e sacrifício de sangue. O primeiro é conduzido como uma cerimônia
com orações e cantos, normalmente perante a um grande altar ou dentro de um
templo. Ocorre pelo menos um sacrifício escravo (seja drow ou não), e seu
sangue é derramado para alimentar a aranha rainha. No segundo é um concurso
entre as sacerdotisas, ou entre outros drows poderosos, que visa provar o
merecimento da graça de Lolth. A maioria destes eventos incluem combates
diretos tanto de corpo a corpo, quanto de conjuração. Os perdedores que sobreviverem são, muitas
vezes, rebaixados, humilhados, mutilados ou transformados em criaturas
horríveis (como driders) pela ira de Lolth.
OS SERVOS DE LOLTH
O sacerdócio drow é incomum, porque não é inerentemente fiel
ou zeloso em seu culto. Quase todos os drows veneram Lolth, porque entendem as
consequências se fizerem o contrário. A igreja de lolth é um refúgio para a
sociedade devota, e um caminho confiável para o poder. O sacerdócio é o meio
mais seguro para o avanço drow. E, como o sacerdócio raramente aceita drows de
castas baixas, elas acabam tentando subir através das casas nobres com mais
frequência. Mesmo assim a vida de uma sacerdotisa não é fácil. A igreja não só
conduz ritos e rituais de Lolth, como também servem como a cola que tenta
manter as casas nobres unidas. Seus membros devem ser fortes e impiedosos. E,
talvez o mais difícil de tudo é moderar seus próprios esquemas e considerar as
necessidades da igreja como um todo. Isto não significa que as sacerdotisas
drows não planejam nada para alcançar suas próprias ambições à custa dos
outros. Na verdade, o sacerdócio é mais
preenchido com lutas e segredos que todas as casas nobres juntas.
As sacerdotisas compreendem, contudo, que embora Lolth
favoreça o avanço do próprio poder, ela também deseja que a raça prospere. E
uma sacerdotisa, cujos regimes pessoais possam enfraquecer a comunidade,
rapidamente se vê caindo em desuso com relação aos dogmas de Lolth.
·
Tornando-se
uma sacerdotisa
Para tornar-se uma sacerdotisa, uma drow deve atender a dois
requisitos específicos (drows machos não são aceitos no sacerdócio, na melhor
das hipóteses podem ser um servo favorecido da sacerdotisa).
Em primeiro lugar, ela deve mostrar aptidão com a magia
divina. Cada sacerdotisa deve ser uma clériga, ou qualquer outra classe divina
(como privilegiado). Em segundo lugar, uma aspirante a sacerdotisa, deve se
submeter a muitos testes para Lolth. A interferência externa nesses testes é
proibida. Sacerdotisas que, normalmente veem seus postos sendo comprometidos
por aspirantes, sabotam os esforços da iniciada. Se for descoberta, a
sabotadora será punida severamente.
Uma vez que se tornou uma sacerdotisa, um trabalho muito
árduo ainda vem pela frente. É exigido um esforço constante para provar a
lealdade a Lolth, para exercer controle sobre os outros drows, e para tirar
vantagem da fraqueza dos outros. O melhor caminho para promoção no sacerdócio é
o assassinato, furtivo, de um membro de maior posição. Combinado com os
requisitos para sobreviver aos testes de Lolth, este clima de traição faz com
que a vida de uma sacerdotisa seja relativamente curta.
· Testes de Lolth
Só os fortes podem ser autorizados a prosperar, os fracos
devem ser abatidos. Este é um princípio central da cultura drow, e um conceito
primário de Lolth. Para melhor gatantir que só os fortes obtenham êxito,
ocasionalmente, suas habilidades são testadas. Muitas drows normalmente nunca
recebem tais testes (ocasionalmente os que possuem vidas mais banais).
Na maioria dos casos, fracassar num destes testes pode
resultar na morte. E, na minoria das vezes e pior das hipóteses, são
transformadas em driders (uma criatura híbrida grotesca). Até recentemente, os
drows têm evitado e odiado as driders, vendo-as como falhas e sinais de
desprazer a Lolth. Com tudo, esse quadro vem sendo revertido com o passar do
tempo... Os testes mais comuns estão descritos abaixo:
O teste de lealdade: Sob o comando de Lolth, a
aspirante ao sacerdócio deve assassinar um aliado. É alegado a aspirante
(verdadeiramente ou não) que este aliado traiu a palavra de Lolth e merece a
morte.
O teste de força: Este teste é um simples combate
contra um rival drow ou uma criatura de potencial igual ou maior. A derrota, ou
a misericórdia para com o inimigo resultam em fracassos.
O teste da mentira: A aspirante deve manipular certos
indivíduos, revelados pela voz de Lolth. Ela deve fazê-los acreditar em tudo
que será dito, e continuar a fazendo mesmo sob tortura.
O teste de vigor: A drow é confinada em um espaço
pequeno coberto de aranhas venenosas. Ela deve se libertar sem prejudicar
nenhuma aranha do enxame, e sobreviver a suas picadas venenosas no processo.
O teste da dúvida: A drow é despojada de todos os
seus poderes, incluindo suas habilidades raciais. Esta degradação pode até
mesmo incluir a aquisição súbita de níveis negativos. Em alguns casos, a drow é
até mesmo transformado numa drider, como se já tivesse falhado no teste. A drow
deve, não só sobreviver, como prosperar em seu mais novo estado sem perder a fé
em Lolth (isso pode durar meses). É nesse processo em que, muitas das vezes, as
sacerdotisas adquirem níveis de ladino.
·
A
hierarquia do sacerdócio
A igreja de Lolth carece de camadas de fileiras e
denominações oficiais, e os títulos variam de comunidade para comunidade. Três
títulos são comuns entre os drows, embora mesmos estes estão longe de serem
universais.
Uma anciã, sacerdotisa experiente, ou poderosa, muitas vezes
é chamada de ‘mãe’ ou ‘reverenda’.
Uma sacerdotisa de idade moderada, experiência e poder,
muitas vezes são chamada de ‘filha’.
Todas as outras são simplesmente chamadas de sacerdotisa, ou
as vezes possuem o título honorífico de
‘Thezildra’.
Uma subordinada não assassina sua superior para receber seu
determinado título, vai além disso. Ela assassina sua superior para subir mais
um degrau no poder. Nesse sentido, a igreja não é tão diferente do resto da
sociedade drow. O poder de uma sacerdotisa é tão potente quanto sua capacidade
de forçar os outros reconhecê-lo.
·
Os
deveres do clero
A igreja de drow não é um santuário para os momentos de
dificuldade, mas uma casa com autoridade. As funções das sacerdotisas são duas.
Uma delas é se responsabilizar por liderar os rituais exigidos pela aranha
rainha, embora qualquer clérigo de lolth pode conduzir orações e ritos menores,
apenas uma sacerdotisa pode conduzir ritos grandes com sacrifícios.
Sua segunda função, estreitamente relacionada com a
primeira, é impor a adoração de Lolth. Sacerdotisas têm autoridade para exigir
participação em ritos de Lolth e cobrar punição para aqueles que se recusarem a
participar. Os drows raramente sacrificam um deles, normalmente escolhem escravos
ou prisioneiros, uma vez que Lolth prefere o sabor dos outros.
Além disso, as sacerdotisas não possuem deveres rigorosos.
Algumas delas realizam várias cerimônias sociais, tais como casamentos, mas
normalmente isso é feito como uma troca (eventualmente reembolso) com outro
drow poderoso. Elas muitas vezes servem como líderes em tempos de crise ou
guerra, mas esses papéis são igualmente preenchidos, muitas vezes, pelas
matronas das casas nobres. Sacerdotisas, quando não desenvolvem ritos para sua
rainha, estão empenhadas nos mesmos tipos de esquemas que os outros drows.
Elas possuem recursos valiosos como o mandato divino ou seus
aliados poderosos para se empenharem aos seus esquemas.
AS CASAS DROWS
A igreja de Lolth pode ser a principal força na cultura
drow, mas certamente não é a única. De pé, ao lado do sacerdócio estão as
grandes casas. Essas instituições monolíticas são as que mais se aproximam de
um governo. Em alguns aspectos, poderia até se dizer que as casas não são
comunidades físicas apenas, mas verdadeiras representações da nação drow.
Outras raças que estudam a cultura drow muitas vezes ficam
intrigadas pela aparência externa das casas. Ao contrário do sacerdócio de
lolth que tem pouca semelhança com as construções da superfície, as casas
lembram construções de verias dinastias (casas nobres humanas, élficas e até
mesmo anãs).
·
Estrutura
e composição
Para entender perfeitamente as casas drows, deve-se primeiro
entender como elas são estruturadas. Com poucas exceções, cada casa governada
por uma única drow poderosa. Ela é normalmente conhecida como matrona ou
matriarca. Um grande numero de matronas também são sacerdotisas de lolth,
levando a um esbatimento das distinções entre a potência da igreja e da casa.
Nem todos os clérigos de lolth são membros do sacerdócio. E
este fato torna-se importante quando se estuda a natureza das casas drows.
Embora apenas algumas matronas venham a ser sacerdotisas, quase todas são
clérigas de lolth. Juntamente com suas parentes próximas (sempre sexo feminino).
Os membros da casa, mais próximos da matrona, são uma
família literalmente falando, constituída por relações de sangue. É a partir
dessa família que surgem autoridades como professores, conjuradores, líderes
militares, comerciantes influentes, etc. É bastante provável que nos primeiros
dias da história drow, estas famílias eram a totalidade das casas.
Isso não é mais o caso. Todos com laço de sangue ainda fazem
parte da casa, mas membros que não fazem parte da família também podem ser
anexados a casa, desde que a matrona concorde com isso. Não é feito casamento
ou laços de sangue, se uma casa vê vantagem política em afirmar um indivíduo ou
grupo como membros, e estes aceitam, já é o suficiente. Estas ‘adoções’
envolvem rituais e cerimônias, para mostrar a comunidade que a casa aceitou
novos membros. Estas exposições não são essenciais.
Muitas casas influentes exercem em diversas comunidades. Por
exemplo, a casa Eilservs no auge de seu poder, teve habitação de membros de sua
família em quase toda a cidade. Ainda hoje, embora sua estrela brilhe
vagamente, a casa ainda é representada na grande maioria das comunidades.
Algumas grandes casas possuem milhares de membros e têm populações maiores que
grande parte das pequenas cidades drows.
Em muitos casos, ter mais do que uma requerente ao título de
matrona, pode levar a uma guerra civil dentro da cidade. Ver detalhe abaixo...
·
Autoridade
Porque as casas seguram tanta potência. Os drows não possuem
governos formais ou organizados, por isso não são ditadas as leis que permitem
aos drows governas industrias, distritos ou até mesmo comunidades inteiras.
Pelo contrário, o poder político e social de uma casa é em grande parte
autoperpétuo. Os que tem direito a tais
posições de prestígio como militares, generais, comerciantes etc., são os
membros das próprias casas. Inclusive os comerciantes muito poderosos têm a
palavra final sobre o comércio que entre e sai das cidades (isso inclui
escravos), ou controlam rotas comerciais importantes.
Conforme uma casa fica poderosa, ela faz sua potência. Ela
torna comerciantes influentes, ganhando influência na vida econômica da cidade.
Ganha mais soldados, sacerdotisas, mais drows poderosos para por em prática
suas exigências. É um método simples de silogismo irrefutável: Os membros de uma
casa têm poder, e precisam cooperar sob a influência da matrona. Portanto, a
matrona tem todo o poder sobre seus subordinados.
Uma casa moderadamente poderosa pode influenciar o
comportamento de uma comunidade inteira.
As verdadeiramente poderosas podem desafiar outras casas, ou até mesmo o
sacerdócio. Se bem-sucedida, seus membros podem impor o controle que desejarem.
Apesar da natureza caótica daqueles que dominam. Esta oportunidade, claro, é
tudo que um drow sonha em conquistar ao entrar numa casa, mesmo que isso
signifique uma vida de politicagem constante, traição, sigilo e paranoia.
·
Interação
Os poderes das casas drows aumentam e diminuem ao longo dos
anos. Elas detêm poder e autoridade, mas com isso também devem lidar com a
interação do resto da sociedade.
Outras casas: As casa interagem umas com as outras
exatamente como um indivíduo drow interage com outro. Uma grande casa pode se
aliar com outra; se envolver em um conflito econômico com outra; conspirar para
enfraquecer outra; ordenar o assassinato de uma sacerdotisa que se aliara a
outra. Essas maquinações e manipulações ocorrem constantemente. Assim como um
indivíduo drow não pode esperar para avançar na sociedade e estabelecer
autoridade sobre outro, as casas têm que trabalhar constantemente para se
manterem no topo.
As alianças entre as grandes casas são geralmente questões
de conveniência política, militar ou econômica. A maioria são de curto prazo,
durando apenas até as casas envolvidas terem atingido seus objetivos. As casas
estão sempre dispostas a traírem suas aliadas se isso render-lhes uma vantagem.
Isso pode gerar uma guerra civil. No entanto, tais alianças podem durar
gerações, ou até mesmo resultar na fusão das duas casas numa única entidade.
O Sacerdócio: As atitudes de uma casa para com a
igreja de Lolth dependem muito do poder que a casa detém. Se a matrona da casa,
por exemplo, for também uma sacerdotisa, a casa pode atuar como um braço
político da igreja. Ou então a matrona poderia jogar nos dois lados do campo,
utilizando seus poderes para esmagar seus inimigos.
Na maioria dos casos, a demarcação sólida entre a igreja e
as casas existe. Embora uma casa possa vir a ter uma rivalidade aberta com
outra, qualquer conflito com o sacerdócio é sutil e dissimulado. Em algumas
cidades há casas tão poderosas que nem a igreja pode se mover contra ela, já em
outras, o sacerdócio tem tanta autoridade política que nenhuma casa pode
contestá-lo. Na maioria dos casos, o balanceamento de poder causa a aliança
entre das duas instituições. Uma casa não pode declarar uma rivalidade aberta
ao sacerdócio, por medo de que a igreja possa declará-la um traidor de Lolth, e
consequentemente voltar todas as casas contra ela. Por outro lado, a igreja depende das
mercadorias e da influência econômica das casas. Além disso, se o sacerdócio se
voltar contra uma casa e falhar, ele perde toda a credibilidade aos olhos da
comunidade, e jamais poderá mostrar sua força de novo.
Interações internas: Drows são drows, e a face
monolítica e inquebrável que as casas tentam mostrar, é uma fachada fina que
serve para cobrir o fervilhão de traições que ocorre por baixo. As casas
representam o ápice do poder para os drows, e cada membro da casa quer ser o
único controle desse poder. Várias parentes das matriarcas tramam mentiras,
fraudes e assassinatos para se tornarem a próxima matrona. Elas passam por cima
de qualquer um para receber atribuição ou um simples reconhecimento.
Para manter sua influência, tanto sobre a comunidade, como
sobre seus próprios membros, as casas estabeleceram códigos de comportamento.
Uma casa pode seguir uma hierarquia baseando-se na antiguidade de seus membros.
A casa, também, pode determinar um regime de treinamento e educação para os
jovens, utilizando-os para reforçar as necessidades da própria família. Pode
até mesmo ter leis específicas proibindo membros de se dedicarem a certas
atividades: Assassinatos durante os tempos de guerra, cooperação com outras
casas, projetos pessoais e etc. Se uma casa tem quase o controle total de uma
cidade, ela pode aplicar tais leis para os outros distrititos (é obvio que
muitos membros não vão seguir essas tradições). No entanto, os regulamentos
continuam em vigor, e as punições para violação são cruéis. Tortura, execução e
exílio são opções viáveis. Resumindo, as tradições das casas são muitas vezes a
coisa mais próxima que a comunidade Drow tem de um governo ou código de leis.
·
Deveres e
Benefícios
Em termos mais simples, uma drow que pertença a uma grande
casa é obrigado a fazer o que a matrona ou outro membro do alto escalão da casa
exige. Dependendo da situação, ela pode ser incubida de empreender uma viagem,
entregar uma mensagem, construir um item, ou até mesmo se casar com um aliado
político. Ela pode, naturalmente, recusar, mas certamente será punida por
desobediência. Em alguns casos os membros de uma casa podem ser derrubados ou
substituídos por não possuírem poder e lacaios o suficiente.
Uma casa drow tem estruturas suficientemente eficientes para
não precisarem atribuir tarefas a indivíduos aleatórios. Um membro da casa é
exigido pela sua posição. Um guerreiro, por exemplo, é responsável por ensinar
a arte de combate aos mais jovens em tempos de paz, e a soldados da casa em
tempos de guerra. Um clérigo deve se assegurar que todos os membros da casa são
devotos a rainha aranha. Um mago deve estudar novas magias, criar itens para
usos residenciais, ou lançar feitiços contra inimigos internos, dependendo de
suas áreas de especialização e do clima político atual. Mesmo os caçadores e
aventureiros também podem buscar esforço na casa.
Lojistas e vendedores vendem mercadorias importadas para a
comunidade, por interesse mercantis da casa. Soldados praticam para o dia em
que serão obrigados a se deslocar contra inimigos de sua casa. Casas drows são
pragmáticas, e atribuem aos seus membros responsabilidades baseadas
principalmente nas suas capacidades. Colocando-os onde eles poderão fazer seu
melhor.
Em algumas casa, uns drows deve apenas se dedicar pouco
tempo as mesmas, quando for solicitado, caso contrário é deixado inteiramente
aos seus próprios dispositivos. Outras casas exigem que seus membros trabalhem
para ela a todo momento, permitindo-lhe pouco tempo para que possam trabalhar
individualmente. As casas mais poderosas inclinam-se para a ultima opção,
fazendo pleno uso de seus recursos disponíveis, essas casas também travam lutas
internas políticas com mais frequência. Afinal, se é preciso gastar todo tempo
trabalhando para casa, deve-se também ganhar por isso.
Embora as obrigações decorrentes das casas sejam
substanciais, os benefícios também são. As especificações variam de casa para
casa, assim como os deveres, mas certas vantagens são bastante comuns. Todos os
drows respeitam ou temem o poder das casas, por isso as mesmas fornecem aos
seus membros a vantagem da interação social e bônus em perícias. Drows pensam
duas vezes antes de sabotar ou assassinar um membro de uma grande casa, por
medo das represálias. Embora a casa exija uma parcela de renda de seus membros,
ela também fornece suprimentos e equipamentos para atividades da casa sob
mandato, ou até mesmo para uns esforços individuais. O mais importante, a casa
pode fornecer outros recursos como a sabedoria antiga, inteligência, soldados
ou outros assistentes. Alguns membros podem fazer pedidos extras para o alto
escalão da casa, dependendo da influencia do membro lá dentro.
UMA PALAVRA FINAL
SOBRE A SOCIEDADE DROW
Até este ponto, alguns de vocês devem estar se perguntando
como a sociedade drow tem sobrevivido. Como pode uma cultura sádica, propensa a
traições e brigas internas, desprovidas de códigos morais ter sobrevivido por
gerações sem se obliterar? A verdade é que não pode. A sociedade drow é
totalmente inviável. Por tudo que fazem já deveriam ter se assassinado e caído
no esquecimento.
É apenas a vontade da deusa Lolth que impede essa
circunstancia de vir a tona. A rainha aranha gosta de sadismo, crueldade,
traição e assassinato. Combina com ela a sua sociedade continuar desta forma,
pois assim continuam fazendo a sua vontade. Se uma única casa, uma única
família, um uma única drow cresce tão violenta e perigosa que ameaça a derrubar
toda uma comunidade, Lolth envia seu descontentamento as sacerdotisas locais.
Elas, por sua vez, movem-se para esmagar a encrenqueira, convocando até ajuda
de outras casas. Estas casas normalmente aceitam com felicidade a aliança com o
sacerdócio.
A rainha das aranhas não é uma deusa sutil ou paciente, no
entanto, ela incentiva a intriga, o derramamento de sangue, mas ela cresce
contra os drows que ameacem destruir sua sociedade. Estes drows normalmente
recebem visões ordenando-os a cessarem suas habilidades destrutivas. Se mesmo
assim negarem, alem de serem despojados de seus poderes, sofrerão a ira divina
da Rainha aranha.
muito legal o material, parabéns
ResponderExcluirCara, pensando de forma ao esforço pessoal, nem os anões, nem elfos claros, nem humanos são tão obstinados com o aprimoramento proprio. Eu sou um Drow de alma e acho que mesmo que de uma forma cruel, a criação de um Drow resulta, muitas vezes em um individuo extremamente poderoso, sentrado, obstinado e que muitas vezes consegue o que quer. Texto otimo, parabens !
ResponderExcluirHoje apareceu Lolth na Caverna do Dragão!! Antes de ser Deusa dos Elfos Negros ela trabalhava pro Vingador?
ResponderExcluirCristiano,
ResponderExcluirNão mais do que o vingador pertence ao mundo de forgotten realms.
Aquela poderia ser considerado um espectro de Lolth em um dos "multiversos" de Deungeons and Dragons.
Lolth antes de ser a "deusa aranha", era a mais bela elfa do Seldarine, esposa de Corellon o senhor dos elfos e mãe destes.