segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A morte de Balthar Folha Prateada


[Matheus Marraschi]

Leia abaixo um relato/homenagem a Balthar Folha Prateada. Um druida oriundo da floresta da fronteira. Personagem da minha mesa que, infelizmente, morreu na última sessão (sexta passada)...

(...)


O druida Balthar, era caçado por sua herança mais preciosa, seu próprio sangue. O jovem Balthar era o único descendente vivo de um círculo druídico ancestral, responsável por criar um portal usado para aprisionar uma entidade maligna nas profundezas do abismo há séculos e séculos atrás. Este portal fora selado com o próprio sangue, de fato que, enquanto este corresse nas veias de seus herdeiros, ele ainda permaneceria trancado.

Recentemente, manuscritos antigos foram desenterrados por um curioso alquimista, e estes revelavam as verdades por trás das lendas desta tão poderosa entidade aprisionada. Entidade esta que, seu poder tamanho lhe rendeu seguidores. Os manuscritos proféticos rodaram por muitas organizações e personalidades, entre eles os próprios zentharins e a igreja de Cyric. Os harpistas foram os ultimos a portá-los, auto-titulando-se como os protetores e responsáveis por resguardar tais escrituras.

O fato é que, por interesses próprios e distintos, muitos passaram a cobiçar o retorno desta entidade, e isso causou a quase extinção do círculo druídico (conhecido como folha prateada) por meio de uma caçada. Balthar fora o único sobrevivente, e muitas foram as investidas contra o jovem druida que, sequer, sabia o motivo tais atos. Este só ansiava em respostas ou pistas que levassem aos algozes de seus ancestrais, entre eles seus próprios pais. No meio tantas tormentas na vida do jovem druida em tempos de outrora, o envenenamento que quase resultou em sua morte, por parte da serpente dos vales (um assassino de Cyric), fora o mais mortal, mas também resultou na futura salvação.

Aritana, a herbalista responsável por improvisar o chá de ervas brancas, que conteve o envenenamento no corpo de Balthar, se apaixonou pelo mesmo. Esta paixão fora recíproca, e ambos consumiram o ato, exatos três meses antes da morte definitiva de Balthar. Deixando Aritana para trás, mas prometendo retornar, Balthar seguiu atrás das respostas que tanto cobiçava e nessa busca implacável, o druida finalmente encontrou sua ruína.

Balthar, que caminhava ao lado da aliança do escudo, fora mais uma vez caçado por cultistas, seguidores dessa tal entidade caída. Sua morte fora violenta e dolorosa, limitando os sentimentos de seus companheiros a tristeza e angustia. Tal feito teria finalmente aberto o portal esquecido, e conectando a Terra dos Vales diretamente ao abismo. Os vales mergulhariam em trevas profundas, as noites seriam eternas e os emissários da destruição caminhariam livremente, levando a desolação para as terras férteis. Mas isso não aconteceu, pois Balthar não era mais o único herdeiro do sangue folha prateada. Essa valiosa herança ainda vivia no ventre de Aritana.

Um bebê estava para chegar, e este era dotado de uma grande responsabilidade. Balthar morreu sem as explicações que ansiava em obter, mas a aliança do escudo as conseguiu e, com isso, um novo rumo fora traçado. Todos viajam atualmente, de cabeça erguida, para o norte do Vale das Sombras atrás de Aritana que, sequer sabe do ocorrido. Estes agora se auto-proclamaram os protetores do sangue folha prateada. Com isso eu finalizei a segunda temporada da minha campanha (que já está em quase dois anos de andamento) e iniciarei a terceira temporada na próxima sessão, que eu chamarei (improvisadamente) de 'O Herdeiro dos Segredos'.

Afinal, eu não contava com a morte de um personagem (ninguém conta, né?). Ainda bem que, por um ato inconsciente do personagem/jogador. Os personagens ainda tem uma esperança de fazer com que tudo termine bem, apesar dos pesares... :)

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