quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Ciméria, terra de trevas e noite eterna!


[Matheus Marraschi]

(...)

Eu lembro...
a floresta negra cobrindo as colinas sombrias,
as nuvens cor-de-chumbo eternamente no céu,
os riachos escuros que fluíam em silêncio,
as brisas solitárias que cantavam pelos bosques.
Colina após colina, encosta após encosta,
enegrecidas por árvores tristes... Assim era minha besta.

Lá, quando alguém alcançava um pico rugoso,
seus olhos contemplavam
apenas a interminável paisagem.
Colina, após colina, encosta após encosta,
sempre forradas por densas folhagens.

Terra fria e tenebrosa...
Ela parecia reunir todos os ventos e nuvens para esconder o sol.
Por trás de seus galhos, balançando ao sabor do vento
em meio as florestas que engoliam o dia,
e transformavam os homens
em nada mais do que sombras.

Foi tudo há tanto tempo,
que nem mais recordo o nome pelo qual me chamavam,
as caçadas e as guerras já não passam de um sonho,
que aos poucos, os anos apagaram.
Lembro-me apenas da quietude de suas matas,
das nuvens cinzentas coroando suas colinas,
e de seu nome...
Ciméria, terra de trevas e noite eterna!

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