domingo, 3 de fevereiro de 2013

Relatos de aventura- diário de Belegur


E aew vamos nóis com o segundo diário de Belegur ....
Poisé, quem leu o primeiro e gostou aconselho que continue lendo, por que vai ficar cada vez melhor.
Um pequeno esclarecimento para quem não entendeu, existe uma datação "...Do ano 350 do F.C.G ..." um calendário familiar, Fundação da Casa Grimaldi.
Mas vamos para o que interessa neh .... eis então o diario número 2.
Boa leitura galera...





Madrugada do Dia 03, do mês da Lei da Chama, do ano de 350 da F.C.G. e ano 1372 da contagem do Computo dos Vales

Belegür Gorthaur G., Clérigo de Kossuth.

Embarcamos ontem, na manhã do dia 02, nas terras do outro lado do rio Corrente Wyvern. Iríamos seguir pela Estrada da Mantícora.
Preocupado com o nome intimidador dado a rota, perguntei ao capitão da embarcação se deveríamos nos preocupar com ataques durante nossa viagem, o homem disse que o nome Mantícora era atribuído a lendas antigas e que realmente ocorriam alguns ataques de criaturas da região, como hienas ou lobos do deserto, uma vez ou outra, mas nada com que devêssemos nos preocupar.
Diante da minha preocupação com o ataque da Mantícora, Borin, debochadamente, perguntou se eu acreditava em lendas, respondi que sim. Infelizmente logo descobriria que eu estava certo.
Seguimos nossa viagem pelas últimas terras da fronteira leste de Cormyr, uma região arenosa, formada por uma planície que parecia não ter fim. Nota: eu estava enganado em minha última anotação ao afirmar que já estávamos em Sembia, na verdade, continuamos em território Cormyriano.
No meio da viagem conversei com Trodesk que me revelou também ser um nobre, treinado como um Cavaleiro. Achei estranho, ainda não tinha o visto lutar em cima de um cavalo.
Ao final do dia decidimos acampar no deserto e Borin, o caçador, ficou no primeiro turno de guarda. Fiz minhas preces religiosas e me deitei, apesar de todo o desconforto logo cai no sono.
Novamente, e ao que me parece dormi meros vinte a trinta minutos, todos fomos acordados aos berros do Caçador – que tem demonstrado ser um ótimo vigilante. O desesperado Elfo nos alertava de um ataque enquanto olhava para os céus.
Antes mesmo de perguntar do que se tratava, comecei a vestir meu Camisão de Cota de Malhas e me preparar para a batalha. Quando me pus de pé vi um homem gritando e correndo enquanto uma criatura alada grande voava atrás dele.
Quando o monstro se aproximou a luz de nossa fogueira o revelou, era uma genuína Mantícora! Que criatura terrível, parecia um felino corpulento e alado, com o rosto semelhante ao de um meio-Orc e o corpo repleto de espinhos.
Aos gritos, Borin perguntou ao homem desesperado se ele tinha companheiros, e este respondeu que todos haviam sido mortos pelo monstro.
A criatura começou a dar rasantes circulares e nos atacar. Peguei uma de minhas azagaias e fiquei próximo ao Caçador que logo preparou seu arco e Trodesk por sua vez permaneceu onde estava com a espada em punhos. O primeiro a ser atacado foi o Cavaleiro, que aproveitou a proximidade do monstro e desferiu um ataque com sua espada.
Que criatura poderosa! Quase derrubou o cavaleiro com um só ataque de suas garras, banhando-o com seu próprio sangue, e parece nem ter sentido a espada em sua couraça. Enquanto Borin tentava acertar o monstro alado, usei a varinha de cura para restaurar a saúde do Cavaleiro.
A criatura continuou voando em círculos e com um rasante enfiou novamente suas garras em Trodesk, mas rapidamente o curei com a varinha mágica que compramos em Marsember – as roupas do cavaleiro brilhavam em escarlate, repletas de sangue.
Enquanto pensávamos que já tínhamos problemas demais, eis que surge de dentro da terra, explodindo areia para todo lado, um verme grotesco que ataca o homem atormentado pela Mantícora e o estraçalha. Não pude sequer ver a criatura, pois assim que saiu da terra e matou o tolo viajante, logo se infiltrou novamente pela areia, provavelmente para nos atacar em seguida - posteriormente, pela descrição que me foi dada por Borin, a criatura parecia ser um Escavador de Dunas, ao menos é assim que a conheço em minha região.
Naquele instante quase entrei em desespero, estávamos perdidos! Seria morto como um indigente no deserto. Que triste fim para um nobre com um futuro grandioso pela frente.
Por sorte, Borin rapidamente pegou suas coisas e subiu nos cavalos gritando: “Vamos fugir! Vamos fugir para o Pântano ao norte!”.
Eu e o Cavaleiro fizemos o mesmo, subimos nos cavalos e a toda velocidade começamos nossa fuga da Mantícora para o norte, pois ao sul havia somente A Lagoa do Dragão e nada conseguiríamos por lá.
A maldita criatura ainda me atacou por duas vezes, no primeiro fui salvo por meu cavalo, o Caveiro – que os deuses o tenha guiado pelo caminho certo – e no outro consegui desviar das garras afiados do monstro abominável.
Depois de alguns minutos trotando com os cavalos, paramos para discutir qual caminho deveríamos tomar.
Com um mapa da região às mãos começamos a bolar os possíveis caminhos: 1) Seguir contornando as colinas que iniciam a formação dos Picos do Trovão, seguindo até a Ponte do Arco, no Rio Arkhen, nos levando até Sembia; 2) Seguir pelo norte, até a Trilha do Mar da Lua e seguir direto para Cormanthor; 3) Atravessar o Pântano da Vastidão e cruzar pela rota ao sul dos Picos do Trovão e depois seguir caminho até Sembia.
Depois de discutir, percebemos que a as opções 1 e 2 eram complicadas, pois não tínhamos como atravessar o Rio do Trovão e nem o rio que nasce no Pântano da Vastidão e deságua no mar, então nos restou adentrar no Pântano e contornar o rio.
O Pântano se localiza na fronteira entre Cormyr e Sembia e nenhum dos reinos luta para reivindicá-lo. E isso não é por menos, a região é repleta de mangue com árvores de raízes aéreas, a infestação de mosquitos só não é pior que o mau cheiro de matéria orgânica em decomposição. Locomover no pântano é tão difícil que tivemos que descer dos cavalos porque eles estavam escorregando e se atolando no lamaçal. Foram três horas caminhando no meio da noite nesse pântano horrível, o suficiente para não querer voltar mais aqui, porém, antevejo que ainda voltarei por diversas vezes nesse local.
No meio da jornada, percebemos pequenos vultos nos cercando e andando em volta do grupo. Decidimos parar e tentar descobrir o que era, Borin avançou alguns passos em direção aos vultos e afundou quase o corpo inteiro na lama – e eu achava que elfos eram leves como uma pena. Eu e Trodesk tentamos ajudá-lo, mas o Elfo balbuciou algumas palavras que não consegui entender, desvencilhou-se das nossas mãos e deixou-se afundar totalmente, dando abertura a uma sala circular com poucos metros de raio, submersa por completa no pântano.
O elfo, dentro da misteriosa sala, chamou para que descêssemos, informando que havia um caminho. Inicialmente respondi que não desceria naquele lugar, poderia estar repleto de criaturas do Subterrâneo, como Drows ou algo pior. Ora, quem mais construiria algo como aquilo no meio do nada?
No entanto, minha negação foi enfraquecendo com aumento de barulhos e passos dos vultos que nos cercavam no pântano, aumentando o clima de tensão no local. Por fim, mais por falta de opção do que por autonomia da vontade, liberei meu cavalo, Caveira, e pedi proteção aos meus Desuses para que guiassem o animal ao meu encontro novamente e desci no “fosso” junto com o cavaleiro, auxiliados por uma corda de seda que carrego comigo.
Dentro da estranha construção, clareados pela iluminação de tochas que nós carregamos, continuamos o caminho por um corredor medindo uns quatro a cinco metros entre uma parede e outra, construído de forma simples, no entanto muito reforçada e com algumas tochas apagadas apoiadas em suportes por toda a parede.
Os três desbravadores tentaram de todas as formas reconhecer qualquer peculiaridade arquitetônica ou de engenharia nas formas da masmorra, mas nada era parecido com o que conhecíamos, nunca tínhamos ouvido falar desse local secreto em nenhuma história ou lenda. A escuridão do local não era apenas física, mas estava também em nossas mentes.
Assim que andamos alguns metros pelo corredor, informei os outros que provavelmente as criaturas que habitavam no local tinham a habilidade de enxergar no escuro, então precisávamos estar preparados para não sermos atacados de surpresa. Nesse entendimento, usamos uma das tochas do local, a acendemos, e joguei-a com toda força adentro das trevas do corredor. Enquanto a tocha seguia seu percurso iluminou todo o corredor até uma sala semelhante à anterior que havíamos entrado.
O plano deu certo, apareceram pequenas criaturas quee nos atacaram, mas estávamos preparados para elas.
Eram Balbuciadores, monstrinhos peludos, com rostos cinza e rosados, com um focinho comprido como de um lobo, repleto de dentes expostos e envoltos em baba. Derrotamos os primeiros facilmente, eram poucos, não me recordo quantos exatamente. Depois continuamos nosso caminho e fizemos a mesma estratégia, contudo, dessa vez apareceram quase dez Balbuciadores em outra sala – parecíamos estar andando em uma estrutura em forma de quadrado com salas nas arestas. O cavaleiro, confiado em suas habilidades, realizou uma investida contra os monstrinhos do Subterrâneo enquanto eu e o Elfo ficávamos usando nossas armas a distancia na retaguarda. Resultado: foi a pior estratégia que já vi, o Cavaleiro, vergonhosamente, seria derrotado pelas criaturas se eu não tivesse me adiantado e o curado com a varinha, Borin, com total falta de habilidade com o arco para piorar acertou Trodesk nas costas. Mesmo diante de toda essa negação conseguimos matar os monstros sem baixas no trio.
Abro uma nota em minhas recordações pessoais, é imperioso que eu transcreva isso para posterior estudo pessoal. Em face do possível fracasso do cavaleiro, parti para a ofensiva e ataquei as criaturas com minha Maça Estrela, matando algumas delas. No momento da matança, senti uma sensação maravilhosa: cada ataque mortal, cada pingo de sangue e cada barulho de ossos partindo ressoava em meus ouvidos como uma bela música tocada pela melhor orquestra do meu país, todos os meus sentidos alcançaram um patamar de puro prazer singular para mim enquanto eu sentia um formigamento e fervor em todo o meu corpo, como se “algo” se excitasse com toda aquela chacina.
Depois disso, continuamos nosso caminho que terminou com um enigma: o local era composto por corredores que formavam um losango com salas em suas arestas, e, considerando que as salas 1, 2, 3 e 4 estão configuradas em ordem crescente, sendo que a distancia da sala 1 até a sala 3 é maior do que a distancia da sala 2 até a sala 4. Dessa forma:

Depois de muito analisar o local fizemos algumas descobertas, angariamos alguns mapas de várias regiões de Faerun e um diário pessoal descrevendo vários roubos, com um peculiar interesse em um roubo de uma pedra preciosa grande e azul, além de um baú com o nome Viperius Aspedi escrito - ainda não descobri o que é. Não dormimos nada essa noite desde o ataque na Estrada da Mantícora.

Eu conheço o poder das Trevas.

Escrito por: Glauberson Giffony

Resumo ao encontro dos escudos- inspiração

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